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Harvard Business Reviw - Junho 2014

Junho 2014

Edição - Junho 2014
O dilema de Wall Street

 

Clay Christensen passou anos estudando como as empresas inovam e competem. Seu livro O dilema da inovação, de 1997, inspirou uma geração de líderes empresariais, incluindo Steve Jobs, da Apple, e Jeff Bezos, da Amazon. Nesta edição, o professor da Harvard Business School aborda outro grande assunto: por que é que tantas empresas têm tanto capital à disposição, mas estão investindo tão pouco em inovação? Estamos sentados em enormes quantias de dinheiro e escolhemos fazer os negócios crescer de forma incremental, em vez de ambiciosa, lamenta ele. O capitalismo, conclui, não está funcionando.

Para Christensen, parte do problema se deve às métricas que as empresas e os mercados financeiros usam para avaliar investimentos — medições baseadas na falsa suposição de que o capital é um recurso escasso que deve ser conservado a todo custo. Na verdade, o capital já não é o recurso mais escasso das empresas, rebate ele, e por isso precisamos atualizar nossos métodos para avaliar possíveis investimentos.

O artigo de Christensen é parte do Foco deste mês: “Os investidores são ruins para os negócios?”. Também no Foco, o professor da HBS Gautam Mukunda argumenta que o setor financeiro se tornou desproporcionalmente poderoso, exercendo influência excessiva sobre o desempenho empresarial e intensificando o foco em resultados de curto prazo. Mukunda apresenta várias ideias para resolver o problema.

Acrescentamos a perspectiva de alguém que esteve nas trincheiras. Sam Palmisano, ex-CEO da IBM, conversou com Justin Fox, da HBR, sobre como enfrentou a pressão por resultados de curto prazo. Ele explica por que criou “o modelo” — um plano plurianual para crescimento dos lucros e geração de caixa que ocupou o lugar da orientação trimestral como um indicador de desempenho para os investidores. Como coloca Palmisano, “a orientação em torno de uma perspectiva de 90 dias estava distorcendo a prática de gestão”.

Mais e mais CEOs compartilham essas preocupações, mas a mudança sistêmica tem sido lenta. Esperamos que as ideias no Foco contribuam para o esforço por reformas inteligentes.

 

Adi Ignatius, editor-chefe

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